sábado, 21 de março de 2009

O DNA como agente da transformação bacteriana


Fred Griffith, em 1928, estudou a bactéria Diplococus pneumoniae causadoras da pneumonia. Sabia-se a existência de duas linhagens: capsuladas, que são patogênicos, isto é, causam pneumonia; e sem cápsula, que não causam a doença.
Primeiramente ele injetou bactérias capsuladas vivas em camundongos e observou que eles morreram; segundo, injetou bactérias sem cápsulas vivas e percebeu que os camundongos viveram; terceiro, injetou bactérias com cápsulas mortas pelo calor e os camundongos sobreviveram; e finalmente, injetou bactérias com cápsulas mortas pelo calor misturadas com bactérias sem cápsulas vivas, o camundongo morreu e apresentou no corpo bactérias com cápsulas vivas – isso só aconteceu pela transformação bacteriana (que transformou bactérias sem cápsulas em capsuladas).
Retirou-se um extrato de bactérias mortas capsuladas e percebeu que o extrato tinha capacidade de transformação, das bactérias sem cápsulas em capsuladas.
Tratou esse extrato com diferentes enzimas para ver se afetava o poder de transformação, mas só quando tratou com desoxirribonuclease, a enzima que degrada o DNA, o extrato perdeu sua capacidade de transformar as bactérias.
Foi cauteloso em concluir que o DNA é o material hereditário das bactérias, porém imaginou essa possibilidade e passou a testá-la.
Para saber quem era o material hereditário Alfred Day Hershey e Martha Chase passaram a pesquisar bacteriófago T2 (um vírus constituído por moléculas de DNA em volta por um capa protéica).
Quando o vírus infecta a bactéria, não sabiam quem causava a infecção, se era o DNA ou a capa protéica, ou os dois. Por isso radioativizaram o DNA com fósforo e a capa protéica com enxofre.

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