sábado, 21 de março de 2009

Os filósofos gregos e a hereditariedade

-Alcmeon de Crotona (500 a. C.) -Discípulo de Pitágoras: Homens e mulheres – sêmen se originava no cérebro; sexo das crianças - determinado pelo predomínio do sêmen de um dos pais, ocorrendo hermafroditismo se os dois estivessem em igual quantidade.
-Empédocles de Acragas (492 – 432 a.C.): Calor do útero determina o sexo dos bebês: útero quente – homens; útero frio – mulheres.
-Anaxágoras de Clazomene (500-428 a. C.): Sêmen só no homem e continha um modelo de cada órgão do futuro ser; fêmeas seriam apenas receberiam e nutriram o ser pré-formado Apresentou também a “teoria direita e esquerda” – meninos eram formados no lado direito do corpo e as meninas, no lado esquerdo.
-Hipócrates de Cós (460-370) – Conhecido como o “pai” da Medicina: Crença que pendurou até o século XIX (tendo como adeptos Jean-Baptiste Lamarck e Charles Darwin). Pangênese: cada órgão ou parte do corpo de um organismo vivo produzia partículas hereditárias chamadas gêmulas, que eram transmitidas aos descendentes no momento da concepção.
-Aristóteles (384-322 a.C.): Todo animal se origina de um ovo. A fêmea produz o ovo que é fertilizado pelo sêmen do macho para originar um novo ser.
-Um século após Hipócrates – escreveu um tratado sobre o desenvolvimento e a hereditariedade dos animais.
-Sobre a reprodução sexuada: resultava de uma contribuição diferencial dos sexos: fêmea, fornecia a “matéria” básica que constituía e nutria o ser em formação; o macho fornecia, pelo sêmen, a “essência”, transmitindo-lhe a alma, fonte da forma e do movimento.
-Desenvolvimento do feto normal – o novo ser seria semelhante ao pai; havendo uma falha – feto parecido com a mãe; falhas maiores- características dos avós; e de ancestrais mais distantes, até o limite de ser gerado um ser inumano, um monstro.
-William Harvey (1578-1657) – Médico inglês: Idéia importante porque se opunha à idéia de geração espontânea, largamente difundida na época.
-Nehemia Grew (1641-1711) – botânico inglês: Sugeriu que o grão de pólen o elemento masculino na reprodução das plantas com flores. Idéia apoiada pelo alemão Rudolf Jakob Camerarius.
-Defensores das idéias originais de Harvey: Teoria da pré-formação ou pré-formismo: afirmava que havia um ser pré-formado no ovo.Havia dois defensores: “ovistas” (o ser pré-formado estava no óvulo) – o italiano Marcello Malpighi (1628-1694), o suíço Albrecht von Haller (1708-1777), o francês Charles Bonnet (1720-1793) e o italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799); “espermistas” (o ser pré-formado estava no esperma – os holandeses Antoine van Leeuwenhoek (1632-1723), Nicholas Hartsoeker (1656-1725) e Hermann Boerhaave (1668-1738).Outra corrente admitia que o ovo fertilizado continha um material inicialmente amorfo, mas com potencial para originar um novo ser.
-Antonie van Leeuwenhoek – microscopista holandês: O sêmen expelido pelos machos contém enorme quantidade de criaturas microscópicas, os espermatozóides, dotados de longas caudas e que se movimentam intensa e continuamente.Imaginou que os espermatozóides estavam relacionados com a reprodução, e que no interior de cada um deles havia um ser pré-formado em miniatura.
-Rudolf Albert Von (Albrecht) Kölliker (1817-1905) – anatomista e fisiologista suíço: Estudou a estrutura microscópica dos testículos, demonstrou que os espermatozóides não eram parasitas do trato genital masculino, e sim células modificadas.
-George Newport (1803-1854) – naturalista inglês: Obteve evidências de que os espermatozóides de rã entram no óvulo durante a fecundação.
-Regnier de Graaf (1641-1673) – médico holandês: Relacionou os inchaços (folículos) observados nos ovários de fêmeas de mamíferos com a formação de elementos reprodutivos.
-Karl Ernst Von Baer (1792-1876) – naturalista alemão: No interior de cada folículo ovariano descrito por Graaf, um óvulo.
-Friedrich Anton Schneider (1831-1890): Publicou uma das primeiras descrições das complexas alterações nucleares que ocorrem durante a divisão da célula, hoje chamada de mitose. Descreveu o desaparecimento do núcleo e a transformação de seu conteúdo em filamentos progressivamente mais grossos, que se separam em dois grupos e vão para as células-filhas.
-August Friedrich Leopold Weismann (1834-1914): Propôs uma hipótese para explicar a constância do número de cromossomos de uma geração para outra. Previu que, na formação dos gametas, devia ocorrer um tipo diferente de divisão celular, em que o número de cromossomos das células-filhas seria reduzido à metade. Processo atualmente conhecido como meiose.
-Theodor Heinrich Boveri (1862-1915) e Wilhem August Oskar Hertwig (1849-1922) – Biólogos alemães; e Edouard van Beneden (1846-1912) – biólogo belga : Durante a formação dos gametas, ocorrem duas divisões celulares sucessivas, após uma única duplicação cromossômica, de modo que as quatro células-filhas formadas ficam com metade do número de cromossomos existente na célula original – como Weismann previu que deveria acontecer. Essas duas divisões consecutivas, semelhantes à mitose, compõem o processo de meiose.
-Friedrich Miescher (1844-1895) –Médico suíço: Começo da história do DNA
-Richard Altmann (1852-1900): Obteve preparações altamente purificadas de nucléina (DNA), sem nenhuma contaminação por proteínas. Pelo fato de a substância ter caráter ácido, o que já havia sido detectado por Miescher, Altmann sugeriu que ela fosse chamada de ácido nucléico em vez de nucleína.
-Albrecht Kossel (1853-1927) -- 1877: Entre os produtos da degradação química da nucleína, Kossel detectou dois tipos de bases nitrogenadas já conhecidas, a adenina e a guanina.
1893: Identificou uma nova base nitrogenada, era liberada pela degradação de nucleína de células do timo; por isso, denominou-a timina. Logo em seguida, descobriu que a nucleína continha um quarto tipo de base nitrogenada, a qual denominou citosina.
1894: Os ácidos nucléicos continham também pentose, um açúcar com cinco átomos de carbono.
-Phoebis Levine (1869-1940) Walter Jacobs (1883-1967): Determinaram a ordem em que as moléculas de fosfato, de pentose e de base nitrogenada estavam unidas no ácido nucléico, formando sua unidade fundamental, o nucleotídio.
Final da década de 1940: Alguns indícios sugeriam que o DNA deveria ser a substância constituinte dos genes.
-Rosalind Franklin (1920-1958): Dispunham de um método eficiente para estudos da estrutura molecular, a difração de raios X. Os resultados obtidos com essa técnica, no laboratório de H. F. Wilkins (1916-2004), permitiu concluir que a molécula de DNA tem a estrutura helicoidal (semelhante a uma mola espiral).
-Erwin Chargaff (1905-2002): Verificou que, em qualquer DNA estudado, a quantidade da base adenina era sempre igual à quantidade de timina e que a quantidade de citosina era sempre igual à de guanina.
-James D. Watson – biólogo; e Francis H. C. Crick – físico: Elaboraram o modelo da dupla-hélice para a molécula de DNA.
-Fred Griffith (1877-1941) Médico inglês: Início da história do DNA como material hereditário, com a descoberta do fenômeno da transformação bacteriana.
-James Lionel Alloway (1900-1954) Pesquisador; e um colaborador de Oswald Avery (1877-1955): Descobriu que a transformação bacteriana podia ocorrer in vitro, isto é, em um tubo de ensaio, sem a necessidade de injetar bactérias em camundongos.
-Avery e seus colaboradores: Chegaram à conclusão de que a substância capaz de transformar bactérias sem cápsula em bactérias capsuladas era o DNA.
-Alfred Day Hershey (1908-1997) e Martha Chase (1928-2003): Experimento pioneiro na demonstração de que o DNA é o material hereditário.
-Archibald E. Garrod (1857-1939): Primeiro pesquisador a sugerir que os genes atuavam por meio de enzimas.
-George W. Beadle (1903-1989), Boris Ephrussi (1901-1979) Edward L. Tatum (1909-1975): Foi na década de 30, foi descoberto os primeiros indícios experimentais de que os genes atuam por meio do controle da síntese das enzimas
Mostraram que a cor alterada do olho de um mutante da mosca D. melanogaster devia-se à incapacidade do inseto de realizar uma reação química específica na via metabólica da síntese de um pigmento visual.
-Marshall Nirenberg: A trinca de bases UUU do RNAm corresponde ao aminoácido fenilalanina e, assim, abriu caminho para a decifração da linguagem da vida.
-Wilhem Ludvig Johannsen – pesquisador dinamarquês: O termo gene foi criado.

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